Fernão Lopes
Cronista, 1380 ? - 1460?
C. de 1380: Em Lisboa, numa família de camponeses ou de mesteirais, nasce Fernão Lopes. Terá frequentado a Escola Catedral de Lisboa. 1418: Regista-se o mais antigo documento existente sobre o cronista, revelando a sua condição de Guarda-Mor da Torre do Tombo. Assinala-se também a sua posição como escrivão de D. João I e do infante D. Duarte. 1419: Por ordem do infante D. Duarte, começa a redigir a Crónica dos Sete Primeiros Reis de Portugal; escreve depois as crónicas de D. Pedro e D. Fernando, bem como as duas primeiras partes da crónica de D. João I. 1422: Exerce a função de escrivão da puridade do infante D. Fernando. 1434: D. Duarte, acabado de subir ao trono, concede ao cronista uma tença de 14 000 réis anuais e carta de nobreza, como reconhecimento pelos seus méritos. Passa a usar o título de «vassalo de el-rei». 1437: Na fracassada expedição a Tânger, fica também prisioneiro o seu filho, Mestre Martinho, médico de D. Fernando. 1439: O regente D. Pedro confirma a tença concedida por D. Duarte, falecido no ano anterior. c.1443: Seu filho morre no cativeiro. 1449: D. Afonso V aumenta a tença anual para 20 000 réis anuais. 1451-52: A idade avançada obriga-o a afastar-se do seu trabalho na Torre do Tombo vindo em 1454 a ser substituído no cargo de «guardador das escrituras do Tombo» por Gomes Eanes de Zurara. 1459: Regista-se o seu envolvimento num litígio para deserdar um neto, Nuno Martins, filho bastardo do mestre Martinho. Fernão Lopes terá morrido pouco tempo depois, provavelmente em 1460. |