olhos pretos matadores,
porque não vos confessais
dos crimes que cometeis,
dos corações que roubais ?
rapariga dá-me um beijo,
um beijo pela tua alma;
tu não sabes quanto gosto
da sombra quando faz calma.
o dia tem duas horas,
duas horas, não tem mais;
uma é quando vos vejo,
outra quando me lembrais.
deus me dera ser uma ave,
ou pombo ou codorniz.
que eu fora dar um vôo
à cama onde dormis.
lá vem a lua saindo
redonda como um botão;
quem tem seu amorà vista
regala seu coração.
quem tem seu amor marujo
tem um cravo no craveiro.
ainda bem não está na barra,
já em casa deita o cheiro. |