Castelo de Lamego Lamego - Viseu
Descrição
Planta poligonal irregular, com torre de menagem voltada a Oeste, de planta quadrada, com porta de acesso em nível superior, a c. de 2 m. do solo, possuindo pequenas frestas nos alçados e algumas fenestrações (aproveitando vãos antigos) e porta a nível térreo.
É ameada e de três pisos de madeira, comunicantes entre si por escadas do mesmo material. Compondo a alcáçova, adossa-se pela sua face interna a perímetro amuralhado, hexagonal e irregular, com adarve e porta de acesso de arco quebrado, orientada sensivelmente a Este.
Um segundo pano de muralha, bastante mais extenso contorna a cidadela, prolongando-se, para sul, a cotas bastante inferiores. Para Este, entre significativos troços de muralha, a Porta da Vila ou dos Figos, também denominada do Aguião, do Norte ou dos Fogos, formada por dois torreões laterais e, em plano mais recuado, porta de arco apontado, sobre o qual na sua face interna e superior se construíu um oratório de madeira. à esquerda, as escadas de acesso a balcão onde estava o sino e, no topo, a torre da antiga Câmara.
No extremo Sul, a Porta do Sol, em pano de muralha de avultadas proporções, composta por arco quebrado, possui um nicho epigrafado, e que, tal como a outra, são os acessos aos dois mais importantes eixos viários do tecido urbano do perímetro muralhado. Junto a um troço de muralha, na R. com o seu nome, a CISTERNA de pedra lavrada e siglada, abobadada em cantaria de ogiva nervada com quatro arcos apoiados em pilares laterais, no eixo dos quais tem uma pequena abertura para iluminação. Lateralmente a meia altura, possui uma porta de acesso, com escada interior, estando ligada a um resto de pano de muralha. Próximo, a Praça de Armas, com c. 90 m. de perímetro, formando um polígono hexagonal irregular.
Cronologia
1057, 29 Novembro - Conquista da cidade aos mouros por Fernando Magno;
séc. 12 - construção da torre de menagem e alcáçova;
séc. 13 - construção das muralhas;
séc. 15, final - no meio da torre, existia uma janela de assento, mandada erigir por D. Francisco Coutinho, conde de Marialva;
1642 - provável feitura do nicho de Nossa Senhora da Graça, por ordem de António de Castro;
1696, 25 Agosto - contrato para a execução das grades da cadeia, anexa à torre, com o serralheiro António Luís, por 250$00;
1730 - segundo uma descrição, a Porta da Vila era formada por arco com duas torres, onde estava um sino que servia de relógio; a Antiga Casa da Câmara era um antigo baluarte, sendo alpendrada, com colunas de pedra lavrada e com torre; um segundo baluarte, designava-se Castelinho;
1749 - limpeza da cisterna;
1758 - referência ao oratório de Nossa Senhora da Graça, na parte interna do arco da Porta do Sol; a cisterna encontrava-se encerrada por questões de segurança;
1789 - execução de um sino, por Mateus Gomes, por ordem de Câmara da Cidade; 6 Março - contrato com os caiadores Bernardo Cardoso e Francisco de Moura para a obra da torre do castelo;
1824 - autorização para a construção de casas sobre a muralha; execução de um sino;
1834 - negociante da cidade obtem licença para demolir um torreão que estava inserido na sua casa; Câmara Municipal muda de instalações;
1875 - execução de um sino por Narciso António de Braga;
1914 - execução de um sino por Adriano Looureiro, por ordem da Câmara;
1920 - arrematação do relógio para a torre de menagem, subsituindo o primitivo, situado na Porta da Vila;
1940 - 1941 - remoção dos sinos para a Igreja de Santa Maria de Almacave. |