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 • Muralhas de Setúbal
 

Muralhas de Setúbal
Setúbal - Setúbal

A génese medieval de Setúbal remonta ao fim da reconquista cristã.

A tomada de Palmela aos almóadas e a doação deste castelo aos cavaleiros da Ordem de Sant´Iago, proporcionaram as condições para o repovoamento de Setúbal (a Caetobriga da época romana, provavelmente abandonada no século VI por não oferecer condições de segurança). Em 1249, Setúbal recebeu foral. Nesta data a vila era uma póvoa de pescadores.

Em 1343 o rei D. Afonso IV ordena que seja demarcado o termo de Setúbal, sendo ainda no século XIV (entre 1325 e 1375) construída a primeira cinta de muralhas que limitará a vila até finais do século XV quando se iniciam, nos arrebaldes ocidentais, as obras do Convento de Jesus que marcam a expansão da vila para fora da muralhas.

Pensa-se que esta muralha teria como principal função a protecção da comunidade pescadora dos ataques de piratas norte-africanos.

No século XVI, a vila de Setúbal já excedia, a nascente e poente, a muralha construída no século XIV.

Durante a crise dinástica de 1580 (na qual Filipe II de Espanha se torna rei de Portugal), Setúbal toma partido por D. António Prior do Crato, mas é facilmente conquistada a 22 de Julho pelo exército do Duque de Alba, reflectindo a vulnerabilidade das defesas da vila nesta época.

Em 1582, Filipe II visita Setúbal e ordena a construção da fortaleza de S. Filipe com o objectivo de defender a vila e o seu porto de mar.

Até 1640, a vila continuou a expandir-se extra-muralhas, assentando a sua defesa na Fortaleza de S. Filipe e na Fortaleza do Outão.

A 1 de Dezembro de 1640 é aclamado D. João IV como novo rei de Portugal. Enquadrado na nova estratégia de defesa, são projectadas novas muralhas para a vila de Setúbal.

No projecto, trabalharam grandes nomes da arquitectura militar portuguesa desta época. As obras prolongaram-se durante um longo período (até 1696) e por diversas vezes o rei D. João IV e o príncipe D. Teodósio se deslocaram a Setúbal para acompanhar o desenrolar das mesmas.

Para a sua concretização, contribuiram financeiramente os negociantes de sal e a população de Setúbal, que teve de suportar novos impostos.

Completa, esta nova cintura de muralhas possuia onze baluartes inteiros e dois meios baluartes.

Dos baluartes que ainda subsistem, destaca-se o de Nossa Senhora da Conceição onde está instalado um aquartelamento militar. Este edifício é constituído por duas partes: o baluarte propriamente dito e construções mais recentes.

No seu pórtico está uma inscrição a partir da qual se fica a saber que foi concluído em 1696 por ordem do Duque do Cadaval.

 
 
 
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