Castelo de Estremoz Estremoz - Évora
Entre os muitos episódios ocorridos no Castelo de Estremoz, o facto de ali ter morrido, a 4 de Julho de 1336, a Rainha Santa, D. Isabel de Aragão, mulher de D. Dinis, seria suficientemente marcante para eleger o monumento como um dos mais importantes do nosso país.
Como quase todos os castelos, também este sofreu obras de restauro e de acrescento, daí ue o que hoje vemos em Estremoz obedece a estilos e épocas diferentes.
Para já não falar nas ocupações castrejas, sublinhe-se que D. Dinis mandou erguer a elevada (27 metros) torre de menagem, feita do famoso mámore local, também chamada dos Três Reis devido ao facto de num dos merlões o remate ser decorado por três coroas.
O mesmo monarca edificou as muralhas e mandou construir o paço real, onde faleceria a sua mulher, já então viúva. Do castelo primitivo e do paço real restam, além da torre de menagem, o tragado pentagonal dos muros e a galeria da Casa das Audiências. Do tempo de D. Manuel ficaram o antigo Celeiro Comum e a Torre do Relógio.
Avançando no tempo, aquando da Restauração, João Cosmander foi encarregue da construção dos baluartes. Assim, depois das medievais Torre da Couraça e portas do Sol e de Santarém, surgem então as dos Currais, de Santo António e de Santa Catarina. A fortificação é então palco das lutas entre portugueses e espanhóis e serve também de apoio ao cerco de Elvas, em 1659.
Em 1738, reinava D. João V, reconstruiu-se o pago real, transformando o armazém de guerra e o paiol, que tinham sido destruídos por violenta explosão a 17 de Agosto de 1698.
D. João V fundou, entre 1738 e 1742, a Sala de Armas, onde juntou uma das mais ricas colecções europeias de armamento. Levaram-nas os franceses em 18o8. Em 1967, o arquitecto Rui Couto elaborou o projecto de adaptaçãoao a pousada, cuja designação foi óbvia: Pousada da Rainha Santa Isabel. |