Cantos da Terra - Tradições portuguesas.
Personagens carismáticos da história de Portugal
Listagem simples
Listagem com fotografia

20 Personagens + lidos
20 Personagens - lidos

O seu donativo ajuda-nos a manter as tradições portuguesas online
Um espaço de consulta gratuita há mais de 18 anos.
Clique para ligar rádio
- Poderá continuar a navegar.

 
 • Castelo de Arraiolos
 

Castelo de Arraiolos
Arraiolos - Évora

Teve este castelo pouco mais de três séculos de vida activa, porquanto foi mandado edificar pelo rei D. Dinis, em 1310, e em 1613 já se queixavam os oficiais da câmara que "se desfaz a fortaleza e mais casas que estão dentro no castelo, e os homens moradores da vila (já a viver na zona mais plana do lugar] vão desmanchar as casas e muros da dita fortaleza para fazerem as suas obras".



Em 1217, D. Afonso II fez a doação da sua herdade de Arraiolos, como então se chamava a terra, a D. Soeiro, bispo de Évora, para nela se construir um castelo, mas tal permissão do rei não vingou. Apenas cerca de cem anos mais tarde, O Lavrador, autêntico construtor e reformador das fortificações do país, com mais de 50 obras executadas, de raiz ou não, ordenou o levantamento de mais um dos seus redutos militares, no alto do monte de São Pedro.
O castelo tem a forma de uma elipse e é rematado no seu ponto mais elevado e central pela Igreja do Salvador, depois do Senhor dos Passos, a antiga matriz, construção quinhentista, muito desfigurada pelas obras de 1874, mas em que se pode ainda admirar a abóbada reticulada. Seis torres rectangulares interceptam as curvas da muralha, na qual se abriam duas portas e uma outra, já desaparecida, a Porta da Barbacã, voltada para a vila. Em defesa desta porta construiu-se a Torre do Relógio, enriquecida com coruchéus no tempo de D. Manuel I.



Figura central deste castelo foi D. Nuno Álvares Pereira, segundo conde de Arraiolos (o primeiro fora um irmão de D. Inês de Castro), senhor da vila pelos préstimos a D. João I na guerra com Castela. O Condestável passou largas temporadas no castelo, sobretudo de 1415 a 1423. A longa Guerra da Restauração provocou enormes sofrimentos ao castelo, mas já antes o declínio se iniciara. Até hoje, pois tudo o que resta não passa de ruínas. Belas, por sinal.

 
 
 
As favas, Maio as dá, Maio as leva.


 

 

© 2003-2024 Cantos da Terra - Todos os direitos reservados.
16088946 páginas visitadas - 651 visitantes ligados
Contacte-nos