Forte de Santa Catarina Figueira da Foz - Coimbra
É uma relíquia militar, sistema abaluartado, com o cunho inconfundível de traça Vauban. Mandado concluir por D. João IV para defesa da barra, aceita-se contudo, com fundamento histórico, que os seus alicerces são do tempo de D. João I.
Após actuação brilhante contra a pirataria que infestava amiudadas vezes esta costa marítima de fácil desembarque, o Forte de Santa Catarina foi teatro, em 27 de Junho de 1808, duma acção patriótica, decisiva talvez, para o malogro da arremetida de Junot, na primeira invasão napoleónica:
O estudante António Zagalo, de Ovar, comandando como sargento um pequeno grupo de voluntários, destemidamente obrigou a guarnição da fortaleza a render-se, levando-a prisioneira para Coimbra, donde ele viera em cumprimento desta missão.
O Forte foi seguidamente ocupado pelo Almirante Charles Cotton, comandante da Esquadra Inglesa que aguardava, ao largo, oportunidade para desembarcar, estabelecendo-se desta forma um ponto de apoio que muito contribuiu para a rápida liquidação da primeira invasão francesa. Na Costa de Lavos operou-se, em 1 de Agosto seguinte, o desembarque das tropas inglesas, em número de 13.000 homens, comandados pelo General Arthur Wellesley, para dar combate às hostes de Napoleão, daqui partindo para mais uma gloriosa ofensiva a reforçar o movimento libertador iniciado anteriormente no País.
Dentro do reduto, há a Capela de Santa Catarina, com uma esbelta imagem da padroeira - Século XVIII. |