José Jorge Letria
Jornalista, poeta, dramaturgo, ficcionista e autor de uma vasta obra para crianças e jovens, José Jorge Letria nasceu em Cascais, em 1951, tendo desempenhado, entre l994 e 2002, as funções de vereador da Cultura no município local. Estudou Direito, História e História de Arte na Universidade de Lisboa, sendo pós-graduado em Jornalismo Internacional pela Universidade Autónoma de Lisboa, onde realiza, presentemente, um Mestrado sobre “Estudos da Paz e da Guerra nas Relações Internacionais”.
Foi, desde 1970 e até Dezembro de 2003, redactor e editor de jornais como “Diário de Lisboa”, “Diário de Notícias” e “Jornal de Letras”, tendo sido, igualmente, professor de jornalismo, experiência da qual resultou a publicação de três livros sobre a matéria. Foi autor de programas de rádio e de televisão, destacando-se, a esse nível, a sua participação, durante vários anos, na equipa de criadores da “Rua Sésamo”, em Portugal.
Foi também correspondente de jornais estrangeiros, autor dos textos do programa “Pastéis de Belém”, na TSF, e autor do ensaio “O Terrorismo e os Media-o Tempo de Antena do Terror”. É, desde Março de 2003, vice-presidente da Direcção e da Administração da Casa da Imprensa. É, desde meados de 2003, vereador sem pelouros da Câmara de Cascais.
Foi um dos poucos civis que se encontravam ao corrente do levantamento militar de 25 de Abril de 1974, tendo colaborado com os militares na Direcção da Emissora Nacional desde 27 de Abril desse ano. Foi responsável pela programação musical da estação oficial até meados de 1975. Sobre a sua experiência na madrugada do 25 de Abril publicou, em 1999, o livro “Uma Noite Fez-se Abril”.
Tem livros traduzidos em várias línguas e está representado em numerosas antologias em Portugal e no estrangeiro. A sua obra poética foi objecto de uma dissertação de Mestrado apresentada em 2003 na Universidade Aberta pela drª Fátima Azóia.
A sua obra literária foi distinguida, até à data, com dois Grandes Prémios da APE ( conto e teatro), com o Prémio Internacional Unesco ( França), com o Prémio Aula de Poesia de Barcelona, com o Prémio Plural (México), com o Prémio da Associação Paulista de Críticos de Arte (São Paulo), com um Prémio Gulbenkian, com o Grande Prémio Garrett da Secretaria de Estado da Cultural, com o Prémio Eça de Queirós-Município de Lisboa (duas vezes), com o Prémio Ferreira de Castro de Literatura Infantil ( três vezes), com o Prémio “O Ambiente na Literatura Infantil”(três vezes), com o Prémio Garrett, com o Prémio José Régio de teatro e com o Prémio Camilo Pessanha do IPOR, entre muitos outros.
O seu livro para crianças “O Homem que Tinha uma Árvore na Cabeça” integrou, em 2002, a lista “Books and Reading for Intercultural Education”, da União Europeia.
O essencial da sua obra poética encontra-se condensado nos dois volumes da antologia “O Fantasma da Obra”, publicados em 1994 e em 2003, ano em que completou três décadas de actividade literária em livro.
Foi, antes do 25 de Abril, um dos nomes mais destacados da canção da resistência (com vários discos gravados e centenas de espectáculos realizados, nomeadamente na Galiza e em Madrid, em 1972 e 1973) ao lado de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Manuel Freire, tendo sido agraciado, em 1997, com a Ordem da Liberdade pelo Presidente Jorge Sampaio. Em Paris foi-lhe atribuída a medalha da Internationale des Arts et des Lettres. Foi também distinguido com a Medalha de Honra do Município de Cascais, após a conclusão do seu segundo mandato autárquico.
É membro da World Literary Academy e integra o Bureau Executivo da Associação das Cidades e Regiões da Grande Europa para a Cultura-Les Rencontres, com sede na capital francesa.
É, desde Setembro de 2003, vice-presidente e administrador da Sociedade Portuguesa de Autores, com os pelouros das Relações Internacionais, Recursos Humanos, Acção Cultural e Comunicação e Imagem. |