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 • Biografia de: Fernando Farinha
 

Fernando Farinha

Talvez poucas pessoas saibam que esta figura tão típica da cidade de Lisboa e da sua memória nasceu, afinal, no Barreiro, em 1928. O seu pai, barbeiro, decide tentar a sorte na capital e, com 8 anos, o pequeno Fernando vem viver para o bairro do Bica.

No ano seguinte canta pela primeira vez em público, num concurso entre bairros. Triunfante, com alcunha logo ali ficou: o "Miúdo da Bica". Com 11 anos, por morte o pai, torna-se profissional do fado, para o que foi precisa licença especial. Apoiado pelo conhecido empresário José Miguel, vai ganhar 50 escudos por noite no Café Mondego. Pela mão de Fernando Santos, jornalista e autor, entra ainda criança no Teatro de Revista (Boa Vai Ela), na qual se estreia, igualmente, Laura Alves. Aufere 100 escudos por noite. Assim ampara a família.

O percurso das casas de fados será o seu destino nos anos que se seguem: Retiro da Severa, Solar da Alegria, Café Latino. Com 23 anos vai pela primeira vez ao Brasil. Aí estará durante quatro meses, actuando nas rádios Tupi e Record, de São Paulo. Ao longo de toda a década de cinquenta internacionalizará, progressivamente, a sua carreira junto das prósperas comunidades portuguesas, sobretudo do Brasil. Em 1957 é nomeado "A Voz mais portuguesa de Portugal", pela Rádio Peninsular.

Presente na televisão desde os seus alvores, Fernando Farinha participa no programa Melodias de Sempre. A década de sessenta é o culminar da sua popularidade. Segundo classificado em 1961, triunfa em 1962 como Rei da Rádio. No ano seguinte vence o primeiro galardão "Disco de Ouro", à frente de Calvário e de Tudela. Em 1963 ganha o Oscar da Casa da Imprensa para melhor fadista. Participou nos filmes O Miúdo da Bica e Última Pega.

Continuou a sua carreira nas décadas seguintes, actuando sobretudo para as comunidades de emigrantes. Uma das suas facetas menos conhecidas é a sua capacidade como letrista e poeta popular.

PRINCIPAIS ÊXITOS:
Sou do Povo, Deus Queira, Belos Tempos, Dias Contados, Menina do Rés-do-Chão, Fado das Trincheiras, Eterna Amizade, Guitarra Triste.

 
 
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Quem em Janeiro lavrar, tem sete pães para o jantar.


 

 

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